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Uma vida de esportes sem limites (Deficiência Física)

Essa semana iniciaremos uma série sobre #EstilodeVida, onde falaremos de diversos hábitos em que a sociedade está inserida por meio de aspectos comportamentais, expressos geralmente sob a forma de padrões de consumo, rotinas ou uma forma de vida adaptada ao dia a dia. Hoje falaremos sobre deficientes físicos no mundo esportivo.

A prática de atividades física por portadores de deficiência física vem aumentando cada vez mais. Isso está ocorrendo graças a conscientização e busca das pessoas por uma vida mais saudável e bem-estar físico e psicológico.

O esporte adaptado surgiu como importante meio para reabilitação das pessoas com alguma deficiência e incontáveis são os ganhos possibilitados por essa prática esportiva. Essa categoria de esporte consiste em adaptações, mudanças de regras, locais e materiais, que possibilitam a participação de pessoas com deficiências nas diversas modalidades da categoria. Seu objetivo é possibilitar que pessoas com deficiências estejam incluídas no âmbito social, proporcionar maior facilidade nas atividades do dia-a-dia, além de um ganho imenso na saúde do praticante.

Benefícios do esporte adaptado para deficientes físicos:

– Reabilitação física, psicológica e social;
– Ganho de autoconfiança;
– Ganho de independência nas atividades diárias;
– Criação de amizades;
– Melhora no bem-estar e na qualidade de vida;
– Prevenção de doenças;
– Prevenção de ansiedade e depressão.

Confira os esportes adaptados mais praticados!

1. Natação

Considerado um dos esportes mais completos que existe, a natação é também super democrática, podendo ser praticada por pessoas com diversos tipos de deficiência, como paraplegia, deficiência visual e paralisia cerebral – vale reforçar, entretanto, que pode ser necessário acompanhamento profissional para garantir que o esporte esteja sendo praticado de maneira adequada e segura! Como benefícios, a natação proporciona manutenção ou aumento da amplitude do movimento das articulações, fortalecimento dos músculos enfraquecidos, melhor funcionamento do sistema circulatório e incremento do equilíbrio, coordenação e postura.

2. Voleibol Sentado

Além de ótimo para a saúde, é divertido! O voleibol sentado conta com 6 atletas em cada time, em uma quadra um pouco menor do que a tradicional, com 10m x 6m. A rede fica a uma altura de 1,05m para mulheres e 1,15m para homens.
Diferentemente do voleibol tradicional, nessa modalidade os jogadores da linha de frente podem bloquear saques do time adversário. Além disso, é regra que a pélvis dos atletas deve ficar encostada no chão durante a partida. O voleibol sentado consta na lista de esportes dos Jogos Paralímpicos, e atualmente é praticado por mais de 50 países. Como benefícios, destacamos o desenvolvimento do potencial sensorial e motor, da força dos membros superiores e da velocidade, autonomia e espírito de equipe!

3. Esgrima

No caso da esgrima, as cadeiras de rodas dos participantes são fixadas ao solo com intuito de fornecer estabilidade. Além disso, uma armação especial é instalada para garantir que os dois espadachins se coloquem a uma determinada distância e ângulo.
Os atletas usam, então, a parte superior do corpo para marcarem pontos atacando os adversários. Assim como na esgrima tradicional, as provas podem ser individuais ou por equipe, e as armas utilizadas variam entre o sabre, o florete ou a espada.

4. Halterofilismo Paralímpico

Quer ser halterofilista? Podem participar deste esporte homens e mulheres com amputações, acidente vascular cerebral, nanismo, lesões cerebrais, paralisia cerebral, entre outros. Como vantagem, ele traz melhora na coordenação e ganho de tônus muscular nos membros superiores, na medida em que é exigida muita força nos braços, antebraços, peito e abdômen. Nas provas, os competidores ficam deitados e precisam trazer uma barra de pesos ao peito, mantê-la estável, erguê-la estendendo totalmente os braços e colocá-la de volta na posição original. Vence quem fizer tudo isso carregando o maior peso.
Fun fact: muito embora esse esporte para pessoas com deficiência faça parte dos Jogos Paralímpicos desde 1964, a categoria feminina só foi incluída nos anos 2000!!

5. Ciclismo

A criação de bicicletas adaptadas torna essa modalidade acessível para pessoas com deficiência nos membros superiores ou inferiores! Além disso, algumas dessas bikes oferecem espaço para dois atletas, de maneira que ambos podem trabalhar em conjunto para conduzi-la por aí!
Nas competições os ciclistas são divididos em quatro categorias, cujos critérios se baseiam no tipo de bicicleta e na deficiência apresentada:
Classe B: atletas com deficiência visual, que usam bicicleta em modelo tandem (que comporta duas pessoas) com um guia na frente;
Classe H: ciclistas que usam handbikes – as bicicletas adaptadas para serem pedaladas com os membros superiores!
Classe T: atletas que usam triciclos, que possuem deficiências que afetam o equilíbrio.
Classe C: ciclistas que usam bicicletas comuns adaptadas – caso de pessoas que possuam amputações ou deficiências que afetem o tronco, os braços ou as pernas.

6. Tênis de Mesa

Taí um verdadeiro clássico do esporte inclusivo que chegou a estar presente na primeira edição dos Jogos Paralímpicos, lá em 1960.
As regras são basicamente as mesmas da versão tradicional do esporte, tendo como únicas diferenças o saque, que tem que ser feito pelo jogador de maneira a ultrapassar a linha de fundo da mesa sem deixá-la sair pelas laterais, e o fato de que a bolinha pode pular até duas vezes na mesa antes de ser arremessada de volta para o outro lado.
Para competir, os jogadores são divididos em 11 categorias, criadas com base em critérios como equilíbrio, restrições locomotoras, força muscular e habilidade para segurar a raquete – em alguns casos, ela pode ser presa à mão do atleta.

7. Judô

Pode ser praticado tanto na modalidade adaptada para cadeiras de rodas, em que são trabalhados os músculos dos membros superiores, quanto na modalidade paralímpica, da qual participam apenas deficientes visuais. Nesta última é seguido o mesmo regulamento da Federação Internacional de Judô com breves alterações, tais como a ausência de punição quando o judoca pisa fora do tatame.
No Judô Paralímpico a pegada inicial da luta é feita pelo juiz, e o atleta não pode mais mudar de posição, sendo o combate interrompido sempre que os atletas são separados.

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excelentecare

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